quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Sambando no relógio.

Sambando no relógio. 

Gostaria de colocar meu ponto de vista sobre a analogia do relojoeiro, ou o relógio de Paley que muitos criacionistas enchem a boca para citar, em desespero para derrubar a teoria da evolução. 

Dizem que um relógio é tão complexo que precisa de um criador,  nós sempre perguntamos : e o criador do criador? Isso é o básico, porém gostaria de colocar outro ponto de vista sobre o "relógio". 

Tomemos o meu Casio como exemplo, um relógio normal, ponteiros, e um pequeno visor LCD. Nenhum indivíduo entrou em uma sala vazia e saiu de lá com meu Casio do zero. Em vez disso inúmeras pessoas desempenharam um papel na concepção e construção do mesmo, desde a pulseira plástica, ao LCD. Engrenagens pequenas, baterias de lítio, tudo isso precisou de centenas, milhares de pessoas envolvidas, cientistas, químicos etc. 

Além disso os projetistas do meu relógio tomaram emprestado o projeto de outros, primeiro veio o relógio de sol a milhares de anos, depois o relógio de água, graças a dezenas de criadores e refinadores de ideias o relógio de pêndulo foi construído. De forma cumulativa um levou ao outro até os portáteis de hoje, não há algo como uma evolução aqui? 

Isso serve para qualquer coisa, ninguém entra em uma garagem e sai dela com uma Ferrari pronta, neste caso multiplique por 1000 o número de pessoa envolvidas no relógio e a evolução desde a roda.

A analogia do relojoeiro serve mais para a evolução, ou então se religiosos quiserem usá-la, deveriam converter-se ao politeísmo. 

Bruna